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Cidades • 19:48h • 26 de julho de 2025

Assis e o Vale do Paranapanema viveram há 30 anos a maior onda de OVNIs do interior paulista

Luzes misteriosas, apagões, objetos pairando no céu e relatos em série marcaram o verão de 1995 em Assis e região; fenômeno virou tese na Unesp e segue envolto em silêncio e mistério

Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Foto: Arquivo/Âncora1

Vila Operária, restaurante em Paraguaçu e uma dissertação na Unesp: a história real da ufologia na região; 30 anos depois, Assis ainda guarda os mistérios da maior onda ufológica do interior de SP
Vila Operária, restaurante em Paraguaçu e uma dissertação na Unesp: a história real da ufologia na região; 30 anos depois, Assis ainda guarda os mistérios da maior onda ufológica do interior de SP

No início de 1995, uma verdadeira onda ufológica atingiu o Oeste do estado de São Paulo, afetando especialmente o município de Assis e outras cidades do Pontal do Paranapanema. O fenômeno chamou a atenção de moradores, pesquisadores e instituições como a Unesp, que registraram relatos de múltiplas testemunhas durante esse período.

Segundo dados recolhidos pela dissertação de mestrado da Unesp em Assis, foram observadas luzes intensas, objetos não identificados pairando sobre canaviais, movimentos estranhos no céu e até relatos de energia luminosa interagindo com pessoas. Em um caso marcante no canavial de uma fazenda, o objeto permaneceu a cerca de 40 metros do solo enquanto testemunhas relataram sensações físicas incomuns durante a observação.

A diversidade de manifestações luzes multicoloridas, objetos estáticos que desapareceram repentinamente, relatos simultâneos de diferentes pontos geográficos fez com que pesquisadores classificassem o evento como uma das mais complexas ondas ufológicas do Brasil. A partir desses relatos, formou-se um panorama local que abrangeu experiências diversas e levantou questões sobre a origem e natureza dos fenômenos observados.

Centro de Estudos de Fenômenos Aéreos Não Identificados

O Centro de Estudos de Fenômenos Aéreos Não Identificados (CEFANI), esteve presente desde os primeiros relatos e auxiliou na coleta de depoimentos entre moradores de Assis. O destaque é que raramente se encontra uma ocorrência de tal abrangência, com múltiplas facetas do fenômeno concentradas em uma mesma localidade e período temporal.

Entre manifestações extraordinárias, há relatos de objetos imóveis seguidos por apagões regionais no momento em que supostamente sobrevoavam a área. Esses elementos sugerem um possível impacto eletromagnético associado à presença dos objetos, embora não haja confirmação oficial sobre tais efeitos.

Fundo OVNI do Arquivo Nacional

O caso de 1995 permanece até hoje objeto de estudo em ufologia nacional. Ele integra arquivos como o Fundo OVNI do Arquivo Nacional, que reúne documentos oficiais relacionados a ocorrências ufológicas em todo o país entre 1952 e 2016. Embora nenhuma investigação oficial tenha concluído a natureza exata das manifestações, os relatos persistem como parte da memória coletiva e motivaram debates acadêmicos e jornalísticos.

Na Vila Operária, bairro tradicional de Assis, dezenas de moradores relataram avistamentos semelhantes em questão de dias. Luzes em baixa altitude, mudanças repentinas de direção, objetos imóveis no céu e sons inaudíveis aos ouvidos humanos foram descritos por pessoas comuns, estudantes, donas de casa e até profissionais de saúde. Um mapeamento realizado por pesquisadores da Unesp cruzou os relatos colhidos em entrevistas e encontrou um padrão impressionante de coincidência nas descrições.

Uma das testemunhas mais marcantes da onda de 1995 chegou a gravar em VHS o momento em que a luz sobrevoou uma área da cidade. O vídeo, segundo os pesquisadores, apresentava riqueza de detalhes e confirmava parte dos relatos colhidos. No entanto, com o passar do tempo, o registro desapareceu. Sabe-se que emissoras de televisão, como Globo e SBT, tentaram adquirir a fita original, o que causou intenso assédio à autora da gravação. O destino do material, até hoje, permanece desconhecido.

A imprensa na época

Jornais locais da época, como o Jornal da Segunda e o diário A Gazeta do Vale, deram cobertura inicial às ocorrências. A reportagem do Jornal da Segunda de 16 de janeiro de 1995 registrou vários depoimentos, enquanto a Globo Oeste Paulista enviou equipe a Assis no dia 21, reportando-se diretamente com testemunhas. Porém, relatos posteriores revelam que a imprensa local passou de tom colaborativo a evasivo, com versões contraditórias e tentativas de desacreditar os observadores.

Além dos avistamentos e fenômenos visuais, fontes da época confirmam que alguns moradores chegaram a ligar para o Aeroporto Municipal de Assis, operante na época, informando sobre luzes estranhas e objetos pairando no céu. Essas ligações constam nas entrevistas coletadas pelo pesquisador da Unesp e foram parte das investigações iniciais, embora não tenham gerado registros públicos formais. Esse procedimento reforça que o fenômeno mobilizou setores oficiais e teve reconhecimento local desde o primeiro momento.

Uma das testemunhas que participou dos relatos e acompanhou a investigação acabou se tornando ufólogo, dedicando-se ao tema de forma contínua após vivenciar de perto a série de eventos misteriosos.

Caso no distrito de Paraguaçu Paulista

Ainda mais intrigante é o caso que antecede a grande onda de 1995: um episódio ocorrido em 1978 em Conceição de Monte Alegre, distrito de Paraguaçu Paulista, também na região do Vale do Paranapanema. Na ocasião, o restaurante do Jóia foi palco de dois dias de tensão e surpresa. No primeiro, um homem chegou ao local chorando e visivelmente em choque, após afirmar que havia presenciado uma intensa luz o seguindo por uma estrada rural. No dia seguinte, clientes e funcionários do restaurante presenciaram o teto do estabelecimento ceder após um clarão ofuscante pairar sobre o imóvel, assustando todos os presentes. O caso foi registrado por autoridades da época, mas, como tantos outros, acabou silenciado e abafado.

Hoje, em 2025, três décadas depois, o mistério continua. Em um mundo onde drones e tecnologia de imagem se tornaram comuns, as observações de 1995 ganham ainda mais peso pela impossibilidade de explicações simples na época. Não havia drones, balões meteorológicos acessíveis ou qualquer aparato que pudesse justificar com lógica os relatos.

Em tempos de novas tecnologias e céus ainda vigiados, a cidade de Assis guarda em sua história um capítulo digno de ser revisitado: quando seus moradores olharam para o céu e viram algo que ninguém até hoje conseguiu explicar. Leia o trabalho completo aqui ou abaixo a seguir. 


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