Ciência e Tecnologia • 19:22h • 05 de setembro de 2025
Aplicativo Siga Cidades amplia autonomia de pessoas cegas e com baixa visão no interior paulista
Ferramenta desenvolvida pelo projeto Biblioteca Falada da Unesp oferece audiodescrição de pontos turísticos, prédios públicos e unidades de educação em Bauru, Botucatu e Marília
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Unesp | Foto: Divulgação
Em meio às discussões do Setembro Verde e às celebrações do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado em 21 de setembro, uma iniciativa acadêmica chama atenção no interior paulista. O aplicativo Siga Cidades, desenvolvido pelo projeto de extensão Biblioteca Falada da Unesp em Bauru, oferece audiodescrições de espaços públicos, ajudando pessoas cegas e com baixa visão a se deslocarem com mais autonomia e segurança.
Disponível para celulares e computadores, o Siga Cidades já reúne descrições em áudio de locais de Bauru, Botucatu e Marília, incluindo pontos turísticos, prédios oficiais, unidades de saúde, educação e até as instalações da própria Unesp. O recurso fornece informações espaciais e histórico-culturais, permitindo que os usuários construam uma noção mais clara dos ambientes.
A ideia surgiu após um pedido de uma aluna do Lar Escola Santa Luzia, de Bauru, durante uma visita guiada à Rádio Unesp. Desde então, o projeto cresceu e passou a mapear dezenas de locais em diferentes cidades. Em Bauru foram 79 pontos, em Botucatu 22 e em Marília 20. A expansão para Araraquara já está prevista. A escolha dos locais conta com apoio de instituições como a APAE, a Associação de Deficientes Visuais de Marília e secretarias municipais de educação.

Screenshot iPad - app Siga Cidades
Além de beneficiar diretamente os usuários, o projeto também tem impacto na formação acadêmica. Estudantes envolvidos desenvolvem habilidades em acessibilidade midiática e audiodescrição, adquirindo uma especialização pouco explorada no país. “O aplicativo não só facilita a vida das pessoas com deficiência visual, como também forma profissionais com olhar sensível para a acessibilidade”, destaca Suely Maciel, coordenadora do Biblioteca Falada.
A iniciativa é financiada por órgãos da própria universidade, como a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura e a Pró-Reitoria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade, além de contar com apoio de pesquisadores e entidades da região.
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