• Estudante do Senac conquista 1º lugar mundial em campeonato da Adobe
  • FICAR 2025 será realizada de 19 a 23 de novembro em Assis com shows e final do rodeio
  • Homem é preso por crime violento em Palmital e mulher é flagrada com 506 kg de maconha em Marília
Novidades e destaques Novidades e destaques

Saúde • 14:35h • 18 de março de 2025

Aplicativo desenvolvido na USP ajuda na reabilitação de pessoas que sofreram AVC

A tecnologia contribui para que pacientes com redução de força muscular ou paralisia unilateral realizem atividades cotidianas e recuperem a consciência corporal perdida

Agência SP | Foto: Amanda Pereira

Os testes foram conduzidos em um centro de reabilitação e os pacientes foram consultados.
Os testes foram conduzidos em um centro de reabilitação e os pacientes foram consultados.

Pesquisadores brasileiros desenvolveram um aplicativo de celular que auxilia na reabilitação de pessoas que sofreram acidente vascular cerebral (AVC). A partir de um sensor (acelerômetro) que permite detectar a inclinação do próprio aparelho telefônico preso à roupa do indivíduo, o programa permite identificar a postura e avisar o usuário como melhorar o alinhamento corporal, seja por comando de voz, vibração ou por imagem.

O dispositivo atua na reabilitação de um problema conhecido como hemiparesia, uma das sequelas mais desafiadoras do AVC e que também pode surgir em decorrência de lesões no cérebro ocasionadas por doenças como esclerose múltipla, paralisia cerebral e alguns tipos de câncer. Nesses casos, ocorre a perda de força muscular ou paralisia parcial em um lado do corpo, além de prejuízos na consciência corporal.

“A pessoa com hemiparesia perde a sensibilidade e a percepção de organização espacial. Com isso, ela tomba para um lado, por exemplo, e não percebe que isso aconteceu, chegando até a apresentar dores musculares em virtude do mau posicionamento. Acontece também que, sem a postura correta, ela não consegue executar tarefas cotidianas, como caminhar, cozinhar, dirigir ou subir uma escada, por exemplo. Dessa forma, tanto a consciência corporal quanto o controle do tronco, perdidos com o AVC, precisam ser reaprendidos para garantir a funcionalidade dos membros superiores”, explica Amanda Polin Pereira, atualmente professora do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e primeira autora do artigo publicado na revista JMIR Aging.

O desenvolvimento do software, concebido a partir de uma necessidade observada por Pereira, ocorreu durante o doutorado de Olibário José Machado Neto, bolsista da Fapesp no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP). A pesquisa se deu no escopo de dois projetos apoiados (16/50489-4 e 16/00351-6) pela Fundação e contou com colaboradores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).

“Do ponto de vista de desenvolvimento de software, foi um trabalho de codesign que de fato uniu duas áreas de conhecimento distintas para atender às necessidades dos pacientes. Isso deu muita agilidade e embasamento para o desenvolvimento do aplicativo, que é totalmente único. Não há nada parecido na clínica que auxilie o tratamento e a reabilitação desses pacientes”, destaca Maria da Graça Campos Pimentel, professora do ICMC-USP e orientadora de Machado Neto.

Os testes foram conduzidos em um centro de reabilitação. Ao longo do processo, os pesquisadores entrevistaram fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para compreender as necessidades de tratamento. Os pacientes em reabilitação também foram consultados.

“Além de gerar uma infinidade de dados para que futuramente seja possível ampliar o entendimento da hemiparesia, o aplicativo auxilia os pacientes na melhora postural durante essas sessões e permite que os terapeutas possam focar em outras questões de reabilitação, tornando o processo mais eficiente e preciso. Também estamos iniciando um estudo para o uso mais prolongado do aplicativo em casa”, afirma Pereira.

Menos é mais


O aplicativo identifica a postura e avisa o usuário como melhorar. Foto: Amanda Pereira

Ao longo do projeto foram desenvolvidas três versões do app. “Iniciamos com a ideia de um aplicativo vestível, mas notamos que, quanto mais simples ele fosse, melhor seria a sua aceitação entre os pacientes. Por isso, focamos no desenvolvimento do software e, em vez de criar roupas especiais, optamos por costurar bolsos em tops ou regatas que pudessem fixar o aparelho de celular no tronco dos pacientes”, conta Pimentel.

“Por fim, criamos uma tecnologia vestível acessível, que aproveita os recursos de smartphones de baixo custo e de acelerômetros integrados ao celular para monitorar continuamente as mudanças [da direita para a esquerda e para frente e para trás], explorando os feedbacks visual, tátil e auditivo do dispositivo para orientar os pacientes em pé”, explica a pesquisadora.

Segundo Pimentel, o intuito final do trabalho é disponibilizar o aplicativo gratuitamente e alavancar novos estudos a partir dos dados gerados sobre hemiparesia. “O que precisamos agora é de uma colaboração para manter o aplicativo sempre atualizado, algo que demanda tempo de trabalho e investimento financeiro”, afirma.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Mundo • 21:32h • 20 de agosto de 2025

Jogos sob tempestades: por que os EUA param e São Paulo não segue o protocolo?

Especialista da USP alerta que prevenção custa menos que lidar com tragédias, mas lei paulistana de 2001 segue esquecida

Descrição da imagem

Variedades • 20:14h • 20 de agosto de 2025

Você pode estar com "bunda morta" e não sabe: síndrome moderna preocupa ortopedistas

Sedentarismo e excesso de tempo sentado podem causar a chamada amnésia glútea, condição que enfraquece os músculos e gera dores crônicas

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 19:22h • 20 de agosto de 2025

Riscos das redes sociais para crianças reacendem debate sobre regulação e proteção

Denúncias feitas pelo influenciador Felca expuseram a falta de controle sobre o uso de imagens de menores na internet e mobilizaram governo, Congresso e especialistas, que alertam para os perigos da exposição precoce e para a necessidade de fortalecer a rede de proteção às crianças e adolescentes

Descrição da imagem

Variedades • 18:28h • 20 de agosto de 2025

Novas séries indicadas ao Emmy 2025 viram aliadas no aprendizado do inglês

Plataforma Save Me Teacher mostra como usar diálogos de produções como The Bear, Severance e Hacks para treinar vocabulário e melhorar o inglês no trabalho

Descrição da imagem

Educação • 17:29h • 20 de agosto de 2025

Estudante do Senac conquista 1º lugar mundial em campeonato da Adobe

Thiago Osório de Mello supera concorrentes de 30 países e leva Brasil ao topo da competição global de criatividade pela primeira vez

Descrição da imagem

Cidades • 17:09h • 20 de agosto de 2025

Palmital amplia horário para exame de Papanicolau e reforça prevenção ao câncer de colo de útero

Centro de Saúde atende até 19h em dias específicos de agosto, sem necessidade de agendamento, para facilitar o acesso das mulheres ao exame preventivo

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 16:37h • 20 de agosto de 2025

FICAR 2025 será realizada de 19 a 23 de novembro em Assis com shows e final do rodeio

Prefeita Telma Spera anuncia retorno da tradicional festa agropecuária e cultural, que ocorrerá de 19 a 23 de novembro no Parque de Exposições Jorge Alves de Oliveira

Descrição da imagem

Mundo • 16:05h • 20 de agosto de 2025

Epidemia de placas clonadas na capital pode atingir quem viaja de Assis e região

Capital paulista registrou mais de 2.600 casos no último ano e problema afeta também quem viaja de outras cidades, inclusive do interior

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?