Responsabilidade Social • 08:01h • 03 de setembro de 2025
Anta queimada no Morro do Diabo não resiste e casos em Assis preocupam ambientalistas
Apass recebeu cachorros-do-mato, veados, ouriço e furão queimados; parte não resistiu às lesões e Semil oferece curso gratuito de prevenção até 17 de setembro
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Semil | Foto: Divulgação
Os incêndios florestais continuam deixando marcas na fauna silvestre de Assis e região. A Apass (Associação Protetora de Animais Silvestres) registrou neste ano a entrada de diferentes espécies resgatadas com queimaduras, mas algumas não resistiram. O furão, um ouriço-cacheiro e um dos veados-catingueiros morreram em decorrência da gravidade das lesões.
Além dos animais que vieram a óbito, o centro também recebeu cinco cachorros-do-mato, um urubu, um gavião-carijó e uma pomba-asa-branca, todos encaminhados após ocorrências de fogo em áreas naturais. Esses casos se somam ao episódio mais emblemático do ano, a morte da anta resgatada em Teodoro Sampaio, no Pontal do Paranapanema, que havia sofrido queimaduras em 70% do corpo.
A situação evidencia o impacto devastador das queimadas sobre a biodiversidade local e reforça a necessidade de prevenção. “Essas ocorrências mostram a importância da atuação coordenada entre brigadistas, Polícia Ambiental e instituições de resgate. Também ressaltam o papel da sociedade em adotar cuidados para evitar incêndios”, destaca Liliane Milanelo, coordenadora de Gestão dos Cetras da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).
Com o objetivo de ampliar a conscientização e preparar a população para agir em situações de risco, a Semil disponibilizou um pacote de vídeo-aulas gratuitas no portal de Educação Ambiental. O conteúdo faz parte da Operação São Paulo Sem Fogo e aborda prevenção, resposta a emergências e manejo de animais vitimados. O curso ficará disponível até 17 de setembro.
Em 2024, o Estado registrou 94 resgates de fauna afetada por queimadas, sendo que mais da metade dos animais não sobreviveu. A experiência reforça que a prevenção é o caminho mais eficaz para proteger a vida silvestre e reduzir os danos ambientais.
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