Mundo • 18:48h • 24 de setembro de 2025
Abrasel pede celeridade na decisão sobre horário de verão diante do cenário de seca
Associação aponta que a medida simples e de baixo custo pode reduzir riscos de apagão, economizar energia e aquecer o setor de bares, restaurantes e comércio
Da Redação | Com informações da Abrasel | Foto: Arquivo/Âncora1
Dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres (Cemaden) mostram que as principais bacias hidrográficas do país, como Paraná, São Francisco e Tocantins, enfrentam secas severas há uma década. O agravamento da crise climática pressiona a agricultura, aumenta a demanda por irrigação e eleva a pressão sobre a geração de energia elétrica.
Relatórios recentes do Monitor da Seca (ANA) também registraram piora do quadro em regiões como sul de São Paulo, oeste e norte de Minas Gerais, norte do Paraná, leste do Acre e sudeste do Pará. Nesse cenário, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) defende a retomada do horário de verão como uma medida de baixo custo e alto impacto positivo.
“O horário de verão vigorou por 34 anos e foi extremamente exitoso. Ele ajudou a economizar energia, reduziu riscos sistêmicos e favoreceu o setor de comércio e serviços, especialmente bares e restaurantes. Este ano, o risco é ainda maior. O ONS aponta que a chance de interrupção do fornecimento subiu de 10% para 30% entre 2026 e 2027, o que seria inaceitável”, afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.
Segundo a entidade, a demora do governo em decidir sobre o retorno da medida aumenta a incerteza. A Abrasel argumenta que, com mais luz natural entre o fim da tarde e as 21h, é possível reduzir o consumo de energia nos horários de pico, evitando o acionamento de termelétricas mais caras e poluentes.
Além do impacto no sistema elétrico, a medida teria reflexos econômicos relevantes. Estudos apontam que bares e restaurantes registraram crescimento expressivo de faturamento no período do horário de verão, chegando a aumentos de 10% a 15%. O varejo também observou alta de até 5% nas vendas, impulsionando setores como turismo e comércio de rua.
Para Solmucci, a urgência é clara: “Esperamos uma decisão rápida, para que a população se planeje e a sociedade possa aproveitar os benefícios dessa medida”.
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