Responsabilidade Social • 09:41h • 28 de dezembro de 2025
4 iniciativas que fortalecem a autonomia e incentivam uma longevidade ativa na terceira idade
Com o envelhecimento acelerado da população, ações que unem saúde, convivência e tecnologia ganham papel central para garantir qualidade de vida após os 60 anos
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação
O Brasil envelhece em ritmo acelerado. Entre 2012 e 2024, o número de brasileiros com 60 anos ou mais saltou de 22,7 milhões para 35,2 milhões, um crescimento de 55,4%, segundo dados da PNAD Contínua. O avanço da longevidade traz um desafio claro, viver mais não basta, é preciso viver melhor, com autonomia, saúde e participação social.
Nesse cenário, especialistas reforçam que envelhecer de forma ativa depende menos de soluções isoladas e mais de iniciativas integradas, que atuem na prevenção, no cuidado contínuo e na valorização da independência do idoso. A educadora física Camila Midori, da Namu, destaca quatro iniciativas que vêm se mostrando eficazes para promover bem-estar físico, mental e social na terceira idade.
1. Centros de convivência e clubes da maturidade
Espaços de convivência voltados ao público idoso cumprem um papel essencial no combate ao isolamento social, um dos principais fatores de risco para depressão, declínio cognitivo e perda de autonomia. Nesses ambientes, atividades como rodas de conversa, jogos, oficinas culturais, aulas de dança e artes estimulam o cérebro, fortalecem vínculos e resgatam o senso de pertencimento.
Além do lazer, esses centros funcionam como redes de apoio informal, onde o idoso se sente acolhido, ouvido e estimulado a manter uma rotina ativa. A socialização, segundo estudos em saúde pública, é tão importante quanto a atividade física para a longevidade com qualidade.
2. Academias ao ar livre em praças públicas
As academias ao ar livre se consolidaram como uma alternativa acessível e democrática para manter o corpo em movimento. Instaladas em praças e parques, elas permitem que pessoas idosas pratiquem exercícios de fortalecimento, alongamento e mobilidade sem custo.
Em muitos municípios, esses espaços são integrados a programas de atividade física orientada, com acompanhamento de profissionais de educação física e aulas em grupo. O resultado vai além do condicionamento físico, o convívio regular ajuda a criar vínculos, estimula a constância e transforma o exercício em um momento social, não em obrigação.
3. Universidades da terceira idade
O aprendizado contínuo é um dos pilares da longevidade ativa. Programas conhecidos como universidades da terceira idade, mantidos por instituições de ensino superior, oferecem cursos de extensão, oficinas culturais, idiomas, informática e atividades físicas voltadas ao público 60+.
Essas iniciativas fortalecem a saúde mental, estimulam a curiosidade, ampliam repertórios e aumentam a autoestima. Para muitos idosos, voltar a estudar representa também uma forma de ressignificar o tempo, construir novos projetos de vida e manter a mente ativa, fator diretamente associado à prevenção de demências.
4. Cursos digitais de saúde preventiva para idosos
A tecnologia tem se mostrado uma aliada poderosa no cuidado com a população idosa. Um exemplo é o curso digital “Longevidade e Saúde dos Idosos”, da plataforma Namu, voltado exclusivamente para pessoas com 60 anos ou mais.
Com mais de quatro horas de conteúdo, o programa aborda temas como saúde física e mental, nutrição, mobilidade, autoestima e hábitos saudáveis, sempre em linguagem acessível. Desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, o curso incentiva o autocuidado e ajuda o idoso a compreender melhor o próprio corpo, suas limitações e possibilidades.
Integrado a um ecossistema mais amplo de saúde e bem-estar, o curso reforça a importância da prevenção e da informação como ferramentas de autonomia. Serviços complementares, como teleorientação em saúde, programas de exercícios adaptados e acompanhamento de hábitos, podem ser acessados conforme os produtos contratados por empresas parceiras.
Envelhecer com qualidade é uma construção diária
Para especialistas, a longevidade ativa não depende apenas de genética ou acesso a serviços médicos, mas de oportunidades que incentivem movimento, aprendizado, convivência e cuidado integral. Iniciativas como essas mostram que é possível envelhecer com mais independência, propósito e qualidade de vida.
À medida que a população envelhece, ampliar e integrar ações desse tipo deixa de ser apenas uma boa prática e se torna uma necessidade social. Garantir autonomia na terceira idade é, antes de tudo, garantir dignidade em todas as fases da vida.
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