Variedades • 17:09h • 22 de julho de 2025
152 anos de Santos Dumont, o gênio brasileiro que ensinou o mundo a voar
20 de julho é a data de nascimento de Santos Dumont, inventor brasileiro que a narrativa norte-americana tentou obscurecer. Um legado que inspira o futuro da aviação e do orgulho brasileiros
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Gov | foto: Arquivo FAB

No dia 20 de julho de 1873, em Minas Gerais, nascia Alberto Santos Dumont, o brasileiro que tirou do papel o antigo sonho de voar e colocou o país no centro da história da aviação mundial. Filho de Francisca e Henrique Dumont, cresceu no Sítio Cabangu cercado por livros, máquinas e muita curiosidade. Com criatividade, coragem e um olhar sempre à frente do seu tempo, transformou o impossível em realidade. Hoje, 152 anos depois, o legado do homem que ficou conhecido como o Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira segue mais vivo do que nunca.
Desde cedo, Dumont já demonstrava que era diferente. Fascinado pelos livros de Júlio Verne e incentivado pelo pai a explorar o mundo das engrenagens, decidiu ainda jovem sair do Brasil e buscar novos horizontes. Aos 18 anos, desembarcou em Paris e mergulhou no universo das experiências científicas. Começou pelos balões e dirigíveis, até criar o invento que mudaria tudo: o 14-Bis.
Foi em 23 de outubro de 1906 que Santos Dumont fez história. Na frente de uma multidão, seu avião decolou sozinho sem ajuda externa e provou ao mundo que voar era, sim, possível. Mais do que um grande inventor, ele se tornou símbolo de ousadia, generosidade e inovação. Depois disso, veio o Demoiselle, um modelo leve, elegante e tão influente que serviu de base para diversas aeronaves nas décadas seguintes.
Mas Dumont foi além das máquinas. Sua forma de pensar inspirou gerações e ajudou a construir o que conhecemos hoje como a aviação brasileira. Sua visão de futuro influenciou diretamente na criação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), idealizado pelo Marechal do Ar Casimiro Montenegro Filho, e da Embraer, fundada por Ozires Silva. Dois grandes nomes que, assim como ele, acreditaram que o Brasil podia ir mais longe.
Esse mesmo espírito segue pulsando na Força Aérea Brasileira. Em cada missão, em cada decolagem, nas ações do dia a dia, há um pouco da ousadia de Santos Dumont. Da imagem dos balões que cruzaram os céus de Paris ao moderno KC-390 Millennium e às operações espaciais, a influência do Patrono da Aeronáutica continua presente.
Mais do que um gênio da engenharia, Santos Dumont foi a prova viva de que sonhar grande, com propósito e dedicação, pode mudar o mundo. Ele não buscava fama, fortuna ou reconhecimento; queria apenas que suas invenções fossem úteis, acessíveis, ajudassem as pessoas, aproximassem distâncias e transformassem o mundo. Dumont se tornou um símbolo de que sonhar alto e acreditar na realização é possível, mesmo diante das incertezas do tempo.
Dumont versus irmãos Wright
Perdura na narrativa historiográfica a polêmica em torno do papel dos irmãos Wright na invenção do avião. Com a ajuda de sua poderosa indústria cinematográfica e de propaganda, os Estados Unidos apresentam a dupla como os reais inventores do aparelho. Em mais de uma ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tratou dessa disputa. Lula costuma dizer que os brasileiros devem valorizar Santos Dumont como o verdadeiro inventor do avião, uma vez que o mineiro realizou um voo inaugural completo, a partir do solo, sem a ajuda de uma plataforma propulsora, como fizeram os norte-americanos.
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