Região de Assis e Tupã registra 88 batidas em postes e 14,3 mil clientes sem energia em 2025

De janeiro a agosto deste ano, a Energisa Sul-Sudeste contabilizou 88 acidentes de trânsito envolvendo colisões contra postes de energia elétrica nas regiões de Assis e Tupã. Como consequência, 14,3 mil clientes tiveram o fornecimento de energia interrompido. Os números acendem um alerta sobre a gravidade desse tipo de ocorrência, que coloca em risco motoristas, passageiros e toda a comunidade.

Segundo o gerente de Construção e Manutenção da Energisa Sul-Sudeste, Alessandro Gomes, além das consequências no fornecimento de energia, esses acidentes oferecem risco elevado de choque elétrico, especialmente em casos de rompimento de cabos. “A orientação é que os ocupantes permaneçam dentro do veículo, sem tocar nas partes metálicas, até a chegada de uma equipe da distribuidora, que fará os procedimentos com máxima segurança”, reforça.

O impacto no sistema elétrico pode ser significativo. Há registros de acidentes em que uma única colisão danificou mais de um poste, rompeu cabos e comprometeu a rede, ampliando os transtornos. A substituição de um poste, explica Gomes, pode levar de três a quatro horas, dependendo das condições do solo e da estrutura atingida. O custo também é elevado: varia de R$ 6 mil a R$ 43 mil por poste, podendo ser maior quando há necessidade de substituir outros equipamentos. Esses valores, segundo a empresa, podem ser cobrados do responsável pelo acidente após a conclusão das investigações.

Além do risco de vida e da interrupção do serviço, o impacto financeiro é expressivo. Apenas na área de atuação da Energisa Sul-Sudeste, que atende 27 municípios da região, os gastos com substituição de postes somam, em média, R$ 1,4 milhão por ano.

A concessionária reforça que a prevenção é a principal medida para reduzir ocorrências desse tipo. Respeitar a sinalização de trânsito, evitar o uso de celular ao volante e não dirigir sob efeito de álcool ou substâncias são práticas fundamentais para preservar vidas e evitar prejuízos coletivos.